28 de fevereiro de 2009

"Andanças pós carnevale"




Olá queridos...

Agora que passou toda folia carnavalesca, estamos de volta com força total. Alías , só abrindo um leve, levissimo parenteses, a cidade de São Paulo fica maravilhosa em feriados, diminui um pouco a exarcebação de pessoas, carros, barulho e entra num ritmo digamos "mais tranquilo". Bem, eu adoro!!!
Vamos as novidades!!! Depois de um fim de temporada maravilhoso no Satyros Um; alias obrigado, em nome da compania, á todos aqueles que nós prestigiaram nessa temporada de 2008 e 2009, foi lindo!!! Platéia sempre lotada e uma delícia de fazer!!! Obrigado público, obrigado Mauricio e obrigado Satyros pela acolhida!!! Enquanto nosso dignissimo e ilustre diretor "Mauricio Paroni de Castro" se encontra em terras italianas, consolidando a Cia. Atelier de Manufacutura Suspeita por lá, nós aqui em terras "brasilenas", podemos assim dizer estamos nos preparando pra nova temporada de 2009 com muitas novidades ( vem aí muita coisa boa, Pirandello, Sergio S´Antanna, Arthur Schnitzler...)
*O Paradoxo da Representação da Realidade*
Farei, porém, um esforço para vos dar aquela realidade que vocês julgam ter, ou seja, esforçar-me-ei por vos querer em mim como vocês se querem. Já sabemos que não é possível, dado que, por mais esforços que eu faça para vos representar à vossa maneira, será sempre «à vossa maneira» apenas para mim, não «à vossa maneira» para vocês e para os outros. Mas desculpem: se para vocês eu não tenho outra realidade fora daquela que vocês me dão, e estou pronto a reconhecer e a admitir que essa não é menos verdadeira que a que eu poderei dar a mim mesmo, que essa, para vocês, é a única verdadeira (e sabe Deus a realidade que vocês me dão!), vão lamentar-se agora da realidade que eu lhes darei, esforçando-me, com toda a boa vontade, por vos representar à vossa maneira tanto quanto me seja possível?
Não presumo que vocês sejam como eu vos represento. Já disse que vocês também não são aquele um tal como o representam para vocês próprios, mas muitos ao mesmo tempo, segundo todas as vossas possibilidades de ser e os acasos, as relações e as circunstâncias. Então, que mal é que eu vos fiz? Vocês é que me fazem mal, julgando que eu não tenho ou não posso ter outra realidade fora da que vocês me dão e que é apenas vossa, acreditem, uma ideia que vocês fizeram de mim, uma possibilidade de ser como vocês a sentem, como vos parece, como intimamente a reconhecem possível, já que daquilo que eu posso ser para mim, não só não podem saber nada, como eu mesmo nada posso saber.
Luigi Pirandello (escritor italiano, 1867-1936), in "Um, Ninguém e Cem Mil"
*L'exclusa speciale*
(Simona Queiroz)

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