8 de fevereiro de 2013

Parque Shangai






Parque Xangai, curta de Mauricio Paroni, sobre e com textos de Simone Weil, tambèm em  finalizaçao. Com o elenco do Manufactura. Coisa fina e radical.

Mozart e a irmã de Leopardi


Vida de Mozart, texto de Paolina Leopardi, uma das primeiras biografias de Mozart, escrita no inicio do século xix, encontra-se em processo de elaboração e ensaio no Manufactura Suspeita. A Atriz Thais Simi é quem diz o texto, para adultos e crianças. Musica , obviamente, de Mozart. Daqui a pouco sai do forno.

Haikai Loiro

“Haikai Loiro”, trabalho de Mauricio Paroni de Castro e Liz Reis

1.
palavra  muda
por corda afiada
corte na lua
2.
mulher louca
pinheiro no palco
seio velado
3.
vagina lunar
um abraço entorna
o vinho branco
4.
lua medrosa
deserta e celebra
nada de vicio
5.
luar frio
na boca represada
lobo mancando
6.
lua sem beijo
cambaleia na dança
grito risonho
7.
gato sem prole
arranhando a brisa
da folha vazia

Brant e Paroni


Velhos e constantes colaboradores, Brant ilumina Paroni, que trabalha com ator no curta Kreuko, que faz parte de longa
Paroni taambém escreveu o roteiro, dirigido por  beto brant e  cisco vasques. Tudo nasceu numa reuniao do Manufactura Suspeita, extemporanea, bem ao estilo dos dois. Faz parte de um longa, com lindos episódios de ATOM EGOYAN, THEO ANGELOPOULOS, MARIA DE MEDEIROS, WIM WENDERS, MARCO BECHIS, GIAN VITTORIO BALDI, GUY MADDIN, JERZY STUHR, MANOEL DE OLIVEIRA... uma honra para nòs do manufactura assinar um filme com tas artistas. Deve estrear em maròo n circuito comercial.

 (MUNDO INVISÍVEL) (93'). BRASIL. 

Em LISBOA, Na SP Escola de Teatro e no Festival de Curitiba.


Monstro
Projeto de reflexão e questionamento feito em -lisboa a Sao Paulo, pelo Teatro do Vestido- portugal - e o Manufactura Suspeita.
De onde vem este título?
De uma carta que um de nós escreveu a outro, era uma espécie de carta sobre o estado da nação (do mundo?), como se o outro fosse um alienígena ou assim, como se o outro andasse de abalada mas nem sequer no estrangeiro, noutro planeta. E dizia assim:
CALAMIDADE É O NOME DADO A ESTE MONSTRO que mata o desejo e a possibilidade de conseguir construir
CALAMIDADE É O FIM DO COMBATE DOS COWBOYS CONTRA OS FEDERAIS EM QUE OS FEDERAIS DIZEM O SEGUINTE AO OUVIDO DO PRESIDENTE:
- Senhor Presidente, já não há cowboys, as suas carcaças estão estendidas ao longo das avenidas, estradas e vias públicas. Os pássaros alimentam-se assim há duas semanas.
- O preço das rações desceu, senhor presidente, mas não façamos disso grande alarido.
- Já podemos arrumar o país, senhor, a um canto, depois tratamos dele quando tivermos tempo e for a altura certa, a altura certa senhor.
CALAMIDADE será não apenas os abusos de poder, as violações dos direitos e dos corpos humanos mas também o começo da coisa má humana, o desistir perante o poder pequeno, desistir perante o grande poder, o roubo da vontade e a cedência da mesma por questões hierárquicas e medo do nunca-melhor
CALAMIDADE é a observação não-participante na comédia divina
LOGO TÂNIA, O NOME DISTO QUE ANDAMOS A VIVER NÃO É OUTRO, É CALAMIDADE
a destruição do valor humano em todas as suas intensidades diferentes, do poucochinho à saturação total.
E ficou Monstro. Porque queremos refletir neste trabalho acerca daquilo que nos come por dentro e às coisas à nossa volta, e que queremos que pare, que pare, que pare.
Convidámos Maurício Paroni de Castro, encenador brasileiro, de ascendência italiana,  com vasto trabalho realizado em São Paulo e na Europa, para criar conosco este objeto cefalópode, que acontece em Lisboa, em São Paulo em março de 2013 - Na SP Escola de Teatro e no Festival de Curitiba.
Trabalhando a partir de uma metodologia que apelidou de deriva e da qual o Teatro do Vestido já em 2003 se apropriou e adaptou como parte do seu modus operandi de construção criativa, Maurício Paroni de Castro descreve a sua forma de trabalhar com as seguintes palavras: O exercício da Deriva foi criado para trabalharmos praticamente com o conceito de cartografia emocional. O exercício é, na prática, criar situações reais, em locais públicos, nas quais o ator realiza um deslocamento a partir de premissas previamente determinadas e com um tempo de duração também estipulado. O exercício gera um fluxo de ações que é determinado pelo percurso feito. Ao termino, são feitas as considerações e reflexões acerca do mesmo, para compreender e contextualizar a trajetória emocional. Esse exercício foi o ponto fundamental desta pesquisa, onde os atores são o suporte da dramaturgia, e não o contrário, como costuma-se fazer tradicionalmente. Os ganhos dessa inversão de percurso são de vários níveis: conceitual, criativo e interpretativo. A deriva será, portanto, a base metodológica da construção de Monstro, e existe à partida um grande entendimento artístico entre o Teatro do Vestido e o encenador.