ATELIER DE MANUFACTURA SUSPEITA

Pesquisa Teatral

11 de agosto de 2010

Postado por Maurício Paroni de Castro às 01:51
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MANUFACTURA SUSPEITA

MANUFACTURA SUSPEITA

O Atelier de Manufactura Suspeita atua no limite da representação e da não representação, da confissão pública, da máscara exacerbada, se se descuidar de estabelecer um diálogo fértil com formas convencionais da representação, e redescobrir a função social das mesmas.

Irmão da companhia escocesa Suspect Culture, utiliza várias técnicas de treinamento criadas pelos diretores Graham Eatough e Maurício Paroni de Castro. O Manufactura Suspeita lança mão de jovens atores brasileiros ou atuantes no Brasil, de escritores brasileiros como Sérgio Sant´Anna, Marcelo Coelho e Otavio Frias, de tradutores como Marcos Renaux, de artistas plásticos italianos como Laura Trevisan e Giampaolo Köhler, de figurinistas comoAdriana Vaz e de videomakers comoRenato Rosati; Funde esse substrato com formas teatrais tradicionais e de vanguarda que Paroni de Castro pratica na Itália e no Reino Unido, desenvolvidas principalmente em sua convivência com diretores e autores como Tadeusz Kantor, Heiner Muller, Joe Chaikin,Luca Ronconi, Renata Molinari e Renato Gabrielli; reverbera ecos dos muitos espetáculos deGiorgio Strehler e Peter Brook que o diretor viu serem ensaiados; traça um caminho paralelo ao Teatro Promíscuo de Élcio Nogueira Seixas e Renato Borghi, com quem vários integrantes trabalharam e compartilham muitas convicções artísticas; encena espetáculos que restituam teatralidade às arquiteturas convencionais e não; eventualmente utiliza outras linguagens como vídeos e filmes (Crime Delicado, de Beto Brant, é um deles); organiza leituras comparativas de textos contemporâneos e clássicos em espaços como o Museu Lasar Segall; promove Workshops sobre a metodologia empregada pela companhia onde se apresenta.

Uma parceria importante surge em 2006 com a Companhia Linhas Aéreas, de Ziza Brisola: originou os espetáculos: "Aqui Ninguém É Inocente" (texto coletivo), "Como você Me Quer" e "Cada Um A Seu Modo" (Pirandello). O percurso criativo de “Aqui Ninguém é Inocente” encontra-se publicado pela Alameda Editorial e disponível nas principais livrarias do País (http://www.alamedaeditorial.com.br/aqui-ninguem-e-inocente). Dele participaram os atores Alexandre Magno, Beto Alencar, Fabio Markoff, F. Jatobá eVanderlei Bernardino, a própriasZiza Brisola, além das importantes presenças criativas de Lenise Pinheiro, Matheus Parizi, Sérgio Yamamoto e Anike Laurita. Esses três projetos puderam ser realizados graças à Lei de Fomento do Município de São Paulo, ao Prêmio Myriam Muniz da Funarte e ao PAC do Estado de São Paulo. Em todos os trabalhos, os atores são criadores e trabalham muito freqüentemente em parcerias com artistas de diversa origem formativa, como Lu Brites, Célio Amino, e Ana Cândida Carvalho Carneiro.

Aos remanescentes do grupo histórico (Cassio Santiago, Júlia Abs e Elisa Band) alinham-se atualmente Janine Correa, Helena Magon, Leonardo Silvério (Mago Follini), Mario Chimanovitch, Célio Amino, Otávio Azevedo, Simonia Queiroz, Thais Simi, Raíssa Peniche, Erika Forlim, Rodrigo Zappa, Pedro Barreiro e Patrícia Aguille, Ricardo Marques, Julia Abs, Kennedy Oliver, Marcelo Szickman, Oscar Cutello, Silvana Ivaldi, Simone Limase, Luísa Renaux, Marcelo Coelho, Rittiele Lima. Tem direção de produção de Sylvia .

eles, o Atelier realiza uma práxis de renovação de estilo radical e de detenção dos parcos (por essa mesma razão) meios de produção - fato fundamental quando o artista é o próprio começo da palavra dramatúrgica. Assim temos sido ainda mais contundentes do ponto de vista formal:nasceram o Auto da Defunta Nua e Com Quem Fica o Coração; Este foi recomposto, depois que um dos atores teve parte de sua perna amputada por uma infeliz complicação vascular. Decidiu-se usar esse fato na dramaturgia, transformando o real em fictício e vice-versa. Estreamos a dramaturgia de Assurbanípal Magic Club, espetáculo sobre o universo dos swing clubers e magos de profissão.

O diretor também dirige uma companhia de atores de circunstância em Aviano, Italia, (Manifattura dei Sogni) onde trabalha em Os Cegos, do belga Maurice Maetterlinck e em adaptações de comédias de Plauto. A tendência e projeto é a integração das duas companhias numa auspiciada cooperação internacional.

***

Após dez anos de prática ininterrupta de palco, o Manufactura chegou a algumas convicções, sem qualquer caráter dogmático:

- O corpo e a mente do ator são aquele de um ser humano, que, no momento do trabalhocênico, coincide com o corpo do próprio ator. Um pianista tem o piano como instrumento. Um ator é mais complexo. Seus instrumentos são ele mesmo: sua mente, seu corpo, sua biografia, suas relações, suaexistência presente. Não se trata da mimese da realidade sugerida por Aristóteles, mas da conquista, sempre fugaz, da credibilidade da representação - nossa linha de prumo.

- Entendemos o teatro como uma atividade pública privilegiada pela utilidade social e pelo estabelecimento de um sentido existencial no quotidiano do trabalho; desconstruímos auto-imposições e fetichismos estéticos de nossos integrantes; partimos dos seres humanos que somos e caminhamos na direção de papéis sugeridos pelos textos e demais percursos criativos empregados. O mesmo se dá com o “não-ator”: descartamos qualquer estetização vazia. Utilizamos um único patamar de representação, por qualidade e conteúdo. Isso nos deixa abertos à participação de qualquer pessoa que entre em contato com a Companhia, sem qualquer distinção de tempo, espaço ou classe. Acreditamos ser esta a via de um teatro com função precisa: emancipação humana e social.

Espetáculos Realizados desde 2002

“Assurbanipal Magiclub”, damatugia radical baseada no mundo swing paulistano, no Espaço dos Satyros, Nefertitti Club.

"Com Quem Fica o Coração",dramaturgia de Maurico Paroni de Castro, no Espaço dos Satyros

¨La Valle”, baseado em Os Cegos, de Maurice MAetterlink, Teatro di Dardago, Pordewnone, itália

"Auto da defunta Nua" - a partir de OPirandello e textos de Sérgio Sant´Anna, no Espaço dos Satyros

“Tempo di Fogolar”, dramaturigia Mauricio Paroni de Castro, Teatro di Polcenigo, Pordenone, Italia

“Cada Um Ao Seu Modo” e“Como Você Me Quer”, de Luigi Pirandello, no Teatro Sergio Cardoso Teatro João Caetano

“Aqui Ninguém É Inocente”, projeto de pesquisa Voltaire de Souza – O Intelectual Periférico, no Espaço do Satyros e Teatro da Vila; FIT – Festival Internacional de Teatro de S.J. do Rio Preto

“Farsas Libertinas” e “O Engenho da Loucura”, no Dungeon do Clube Dominna

Estréia com oprojeto Manufactura Suspeita da Meia-Noite – Ciclo de peças do Gênero Grand no Teatro Crowne Plaza

“Pornografia Barata”, baseado no texto contemporâneo do espanholAndrés Lima, no Espaço dos Satyrosm Sarajevo, Espaço de Viga

“A Parca Norueguesa”, textos de Nietzsche, Müller e outros autores, no Parque da Água Branca e na Casa das Caldeiras



Cássio, Elisa, Diego e atriz desconhecida: parceiros sempre

Marcos Renaux - tradutor e conselheiro do Manufactura

Marcos Renaux - tradutor e conselheiro do Manufactura

sites recomendados

  • Alameda Editorial
  • Ana Cândida de Carvalho Carneiro
  • antro particular
  • blog do alberto guzik
  • Blog do Marcelo Coelho
  • Cacilda Blog de Teatro
  • Cia Linhas Aéreas
  • coluna do Mauricio
  • coluna do Sérgo Sant´Anna
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  • Cooperativa Paulista de Teatro
  • detritos em perfeito estado
  • Fetish Shiny
  • httphttp://www.tumblr.com/blog/confissoespublicas
  • LauraTrevisan
  • Literatura e Arte - Cronopios
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  • OPERAA REVISTA CULT
  • Os Satyros
  • sr joao
  • Teatro Promíscuo
  • texto de Ana Cândida em revista
  • The Suspect Culture - Glasgow
  • trayler espetaculo no friuli, itália
  • videos do atelier feitos por renno rosati
  • www.ciclodeleiturasteatrais.blogspot.com

Heiner Müller, um Brasil teuto-milanês

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Mauricio Paroni de Castro - O Diretor

Nasceu em 1961. Por quinze anos, residiu Milão, onde diplomou-se na “Scuola D’Arte Drammatica ‘Piccolo Teatro’ di Milano”, hoje “Paolo Grassi”, onde foi professor residente de 1985 a 1999.
Desde 1998, está artisticamente associado à companhia escocesa “The Suspect Culture”. Foi professor residente na Universidade Statale di Pavia em 1999 (Itália), da Volda Universitat, Noruega (2003) e da Royal Scottish Academy of Music and Drama (Glasgow, Escócia, 2002-3-4).
Teve como professores, entre outros: Tadeusz Kantor, Thierry Salmon, Josef Svoboda, Eckhardt Schall, Martin Esslin, Iva Hutchison Formigoni, Enrico Job, Hubert Westkemper, Luca Ronconi, Massimo Castri, Vannio Vanni, Gigi Saccomandi, Ettore Capriolo, Myriam Muniz, Volney de Assis, Lorenzo Arruga e Heiner Muller, com quem trabalhou como ator no espetáculo “Shakespeare Cocktail”, em 1988.
Dirigiu mais de 45 espetáculos (por dez anos, foi diretor estável no Centro di ricerca per il teatro, de Milão) entre a Itália, o Reino Unido e o Brasil. Trabalhou em Portugal, Noruega e República Tcheca.
Dirige e elabora dramaturgias, últimas das quais em cartaz no Teatro Crowne Plaza (Farsas Libertinas e O Engenho da Loucura) e uma coletânea de monólogos cômicos no Teatro N.ex.t. (O Confessionário do Sultão). Participou, com Renato Borghi, de duas montagens shakespeareanas, como ator (Timão de Atenas) e diretor (Macbeth). Tem uma coluna sobre teatro no site www.cronopios.com.br. É co- roteirista do filme Crime Delicado, de Beto Brant. O roteiro venceu os prêmios FIESP do Cinema Paulista, Academia Brasileira de Letras, Miami Festival, Academia Brasileira de Cinema.

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Graham eatough dirige em paranapiacaba

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Review

Scotland on SundaySun 20 Feb 2005

Daring to be different every time

MARK FISHER

RAISE your glasses, ladies and gentlemen: Suspect Culture is 10 years old. Actually the Glasgow-based theatre company is more like 15, having its roots in the early 90s when artistic director Graham Eatough, playwright David Greig and musician Nick Powell met at Bristol University. Like a lady of a certain age, it prefers to keep the true figure discreet.

No matter. Whether you start counting from its early Masonic lodge appearances on the Edinburgh Fringe with knotty dramas about geography and nationhood, or from 1995’s One Way Street, when the company was formally established, Suspect Culture’s birthday is one to be celebrated.

Why? Simply because, since the decline of Communicado as the force it once was, Suspect Culture has been Scottish theatre’s major creative powerhouse. It has taken us to imaginary airports, hotel rooms, mountainsides and shopping centres in plays that have wrestled with sex, belonging, globalisation, nostalgia and identity.

The company has stood out partly because of its thematic concerns - typically the postmodern yearnings of the twentysomething generation at large in the global economy - but, more significantly, because of the way it has continually played with form.

No two productions have been alike: Airport was written and performed in two languages; Mainstream looked at the same scenes over and over from different angles; One, Two... was effectively a rock gig; and 8000m took place on a climbing wall. There’s usually a beginning, middle and an end in a Suspect Culture show, but you can’t be sure of getting them in that order.

It has achieved such formal variety by putting collaboration at its heart. Greig has the highest profile because of his prolific work as a playwright for other theatres, but the company always stresses that he is an artist among equals. Just as important are the contributions of Powell, the composer; Eatough, the artistic director; and Ian Scott, the set and lighting designer.

They would extend this list by pointing to the associate artists from around the world who are part of Suspect Culture’s creative life. They include Renato Gabrielli, the Milanese playwright and author of this month’s A Different Language. There’s also Brazilian director Mauricio Paroni de Castro, Spanish actor and director Andrés Lima, Italian actor Sergio Romano and, closer to home, graphic designer Patrick Macklin.

Such a way of working echoes the theatre collectives of the 1970s, which tried to create an egalitarian alternative to the star-based power structures of mainstream theatre. But Suspect Culture’s collaborations are driven less by political concerns than artistic ones. The argument is that if you set out with director, designer, writer, actor and musician on an equal footing, the resultant show will have a unique texture that better reflects the qualities of all concerned.

AN EXAMPLE of this in practice is Timeless, an elegant study of nostalgia produced for the Edinburgh International Festival in 1999. Powell devised the score with a string quartet - a collaboration within a collaboration- and, having been present throughout the creation period, the musicians were central to the production. Starting as a melancholic lament, the music slowly intruded into the action and eventually drowned out the longer speeches. Only through an organic working method could such an effect be successfully achieved.

It is this willingness to venture into new areas that makes the company exciting. To celebrate Suspect Culture is not the same as saying all its experiments work. It would be a fluke if every journey away from the safe and narrow ended without casualties.

Often it’s a question of taste. I happened to enjoy 2003’s One, Two..., in which theatre was set to music rather than the other way around, but many were frustrated by the dominance of Powell’s music and the elusiveness of the story. Conversely, many were swept away in the dreamy reverie of Timeless, but for me the central premise, about a group of barflies looking back on some perfect moment, was too vague.

There were those who were impressed by the ambition of last year’s 8000m, which used the brick wall in Glasgow’s Tramway first employed by Peter Brook in The Mahabharata, but the story it told of a climbing expedition climbing a mountain and, er, getting to the top struck me as banal. Reinventing the wheel is an honourable aim but sometimes the round ones roll best.

When the experiments pay off, however, you can feel as if you’re seeing something genuinely new and worthwhile. Mainstream, for example, was about a one-night stand between two music business executives in a hotel. The two characters were played by four actors interchangeably, repeating conversations in different voices, making it impossible to be sure who exactly said what to whom. In its very structure, it raised teasing questions about how we define ourselves.

It is tempting to sum up the company with a pat description - words such as cool, witty, chic and metropolitan come to mind - but the nature of its approach means it is forever in a state of reinvention. I haven’t mentioned the versions of Candide and Casanova in 2000 and 2001, or a show called Local that was made with Glasgow teenagers in 1997, all of which create a different perception of the kind of company it is. And we shouldn’t overlook Strange Behaviour, the company’s annual series of discussions in which theatre-makers have been encouraged to find common ground with scientists, mathematicians, religious figures or economists.

This all leaves the way clear for pretty much anything to happen in A Different Language, although some of the themes will be familiar. Written by Renato Gabrielli, it echoes the linguistic games of Airport as two singletons, one British, one Italian, search for soulmates via chatrooms and life coaches. If it works, you’ll perhaps agree that wheels don’t have to be round after all.

A Different Language, Tron Theatre, Glasgow, Tuesday to Saturday, 7.30pm, then on tour

This article: http://scotlandonsunday.scotsman.com/review.cfm?id=191652005

Last updated: 20-Feb-05 00:38 GMT






Lições milanesas de Kantor, para sempre

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